E continuar te olhando.

"Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou
e você,
foi me tirando os espaços entre os abraços
guarda–me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre não importava o que os outros dissessem,
ate onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim como se houvesse a possibilidade de eu me inventar de novo.

Desculpa,
se te olho profundamente,
rente a pele,
a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços,
a ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos.

Eu não vou separar as minhas vitorias dos meus fracassos,
eu não vou renunciar a mim,
nenhuma parte
nenhum pedaço do meu ser vibrante,
errante,
sujo,
livre,
quente,
eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente."

(Ana Carolina- Texto inspirado livremente na obra de Fabricio Carpinejar e Boris Pasternak)

Fui no show de Ana Carolina ontem no Palladium.
Sim, eu.
É, Ana Carolina.
E nem me olhem desse jeito!
Tenho os meus motivos, ora pois.


Enfim, hoje foi tenso.
Bem tenso assim sabe.
Óh déls, acaba logo esse inferno astral! Rápido!

Minha memória se materializa neles.

Nas últimas semanas aconteceram diversas coisas.
Boas, sim. Muito boas.
Não necessariamente no sentido feliz da palavra, mas considero coisas que me fazem aprender como sendo coisas boas.
E claro, coisas boas em todos os sentidos.

De início, a primeira vinda da Ká aqui.
Foi bem rapido, ela só passou na cidade pra fazer compras e me ver. Daí fomos as compras, fotos e ela se foi.

Na semana seguinte era feriadão. Tava rolando evento cultural por aqui, e eu curti um show de Chico Cesar na faixa lá no Polo da Estação.
Cara... com o perdão de quem curtiu, mas... What's porra is that?????
Valeu por encontrar pessoas queridas e a parte etílica, fora isso... déls, me salva! Ainda bem que era free.

Logo depois fui pro meu lugar de retiro pelo resto do feriado, e boa!

obs.: o meu lugar de retiro é a cidade de Bonito [interior de PE, não o do Mato Grosso]

De volta a Caruaru, minha imunidade pra lá de bragadá, peguei aquela crise punk de espirros que me é costumeira, boa!

Final de semana, quem me aparece aqui de novo? A Ká! *-*
e trouxe de quebra meu irmão postiço de pouca melanina na pele, e Dona Sssssssilvia, a irmã da Ká.

Mostrei alguma coisa da noite de sábado em Caruaru, que vamo combinar é bem limitada, mas não é de todo ruim. Até a Mona eu encontrei, que mora no mesmo ovo... quer dizer... cidade que eu e mal vejo.

Fato é que a gente chegou cedo mas não conseguimos dormir. 3 pessoas se amontoando num colchão de casal no chão.

Resultado: quase 6 horas da manhã e essa pessoa que vos escreve embolando pra lá e pra cá sem conseguir pregar o olho.

Depois disso só me lembro de alguém MUITO, MUITO MAL me acordando as 8 da madrugada, mandando eu me levantar e iriamos na feira.

oi?

É, na FEIRA.

Depois disso eu entendi que realmente fazemos de tudo por um amigo.
Por que levantar essa pessoinha aqui, num domingo pra ir na feira é quase um fenômeno sobrenatural.

Enfim, o resto do dia eu tava com um humor de onça, e tudo que eu queria era minha cama e silêncio.

Que por sinal, é o que eu quero agora também.


obs.: Entre mortos e feridos, salvaram-se todos.

Arg!

Puuuuuuuuuuuuuuutamerdacaralho!
Detesto perder etilicofest por causa de dorzinha de cotovelo.

"Aiiiiieeen, não vou por que eu não quero ver o talzinho com a fulaninha"

Coisa mais fresca! Que raaaaaaaaaaaiva da minha pessoa!
Bem feito pra mim sabe, a festa foi ótima, os amigos voltaram todos bebados e eu não faço idéia se o talzinho realmente tava com a fulaninha.

Enfim, vou morrer ali já volto.

"Eu não rezo aos domingos, mas tenho medo do que, às vezes, o domingo faz com as pessoas – e comigo. E peço não-sei-pra-quem pra ele acabar logo, por favor. Porque é preciso ser feliz, muito feliz." [Maria Rita Angeiras]



ps.: Logo menos, um post mais alegre sobre a visita da Ká a terras do oxente e da pexeira!